Todos os anos, o pagamento do 13º salário contribui com a economia do país. Afinal, depois que os trabalhadores recebem esse benefício, é comum que eles gastem em produtos e serviços. Desse modo, tanto o setor de serviços quanto o comércio e a indústria se favorecem, já que aumentam o seu volume de vendas.
Mas qual a melhor forma de fazer uso desse dinheiro? Se você deseja saber mais sobre o assunto, o que é o 13º salário e como funciona, assim como qual o seu valor continue com a leitura deste artigo. Nos tópicos a seguir, você descobre as informações mais importantes a respeito do tema.
- O que é o 13º salário e como funciona
- Como calcular o 13º salário
- Como esse dinheiro é usado
- Dicas para fazer um bom uso
O que é o 13º salário e como funciona
O 13º salário é um benefício previsto em lei de todo o trabalhador, sendo pago pelas empresas sempre no final do ano. Porém, para ter direito a ele, é necessário que a pessoa trabalhe no regime CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, tenha a carteira de trabalho assinada.
Também é preciso que esteja empregada na empresa a pelo menos 15 dias. Por outro lado, ela não deve ter sido demitida por justa causa, nesse caso, não existe o direito à gratificação. Além disso, não são apenas os funcionários privados que recebem o 13º salário.
O mesmo acontece com os funcionários públicos e com os trabalhadores do meio rural. Empregados domésticos, bem como aposentados e pensionistas do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social são outros a terem o benefício.
Outros grupos que têm o mesmo direito são as mulheres em licença-maternidade e quem estiver afastado por doença ou por acidente. Quanto à forma de pagamento, é o empregador quem decide, sendo que pode acontecer em uma única parcela ou em duas.
Assim, se a decisão for a de pagar de uma só vez, isso deve acontecer até o dia 30 de novembro. Mas se a previsão é de parcelar em duas vezes, então, a primeira parcela precisa ocorrer até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
E mais, é importante saber que a primeira parcela deve ser equivalente à metade do salário atual, sem nenhum desconto. Isso porque é na segunda que são feitos os descontos do imposto de renda e da contribuição ao INSS.
Já para os aposentados e pensionistas, o mais comum é que o governo pague a primeira parcela do 13º salário entre os meses de agosto e setembro. Desse modo, eles recebem a segunda parcela junto com o pagamento do benefício de novembro.
Como calcular o 13º salário
Como já dito, o valor do 13º salário deve ser igual a um salário inteiro. Assim, é calculado com base no salário do mês de dezembro. Mas se o empregado recebe salários variáveis, a exemplo de porcentagens ou comissão, então, o benefício reflete a média anual dos valores.
Além disso, quando o valor da gratificação é calculado, o empregador leva em conta os adicionais e gratificações que o trabalhador recebeu ao longo do ano. Portanto, se ele teve direito a horas extras, adicional noturno, insalubridade ou periculosidade, o 13º salário será maior.
O mesmo acontece com as comissões e gorjetas. Por outro lado, um elevado número de faltas não justificadas pode reduzir o benefício. Inclusive, se elas forem superioras a 15 dias dentro do mesmo mês.
Já quando o trabalhador é demitido sem justa causa, a gratificação é proporcional ao período trabalhado. E o 13º salário já é pago na hora da rescisão do contrato, isto é, quando o trabalhador é demitido.
Como esse dinheiro é usado
Além de ser um estímulo para a economia brasileira, o pagamento do 13º salário ajuda muitos trabalhadores a organizarem a sua vida financeira. Inclusive, para iniciar o próximo ano sem dívidas. De todo o modo, consiste em um alto valor que é colocado na economia.
De acordo com o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em 2021, o benefício injetou R$ 232 bilhões na economia. Já quanto à maneira como os trabalhadores o gastaram, uma parcela poupou parte do dinheiro.
Segundo levantamento do SPC – Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito, pouco mais de 30% não gastou todo o valor. Já conforme dados da CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o uso do 13º salário se deu da seguinte forma:
Trinta e três por cento preferiram gastar com presentes para as festas de final de ano, 24% investiram em viagens e nas festas, 16% usaram o benefício para deixar os impostos em dia e os outros 16% quitaram as dívidas que estavam em atraso.
Dicas para fazer um bom uso
Mesmo que essa não seja a tendência, especialistas sempre aconselham a utilizar a gratificação para organizar as suas finanças pessoais. Para tanto, o principal uso do dinheiro deve ser para pagar as dívidas.
Afinal, se isso não for feito, elas se tornam cada vez maiores, devido aos juros que incidem nas contas em atraso. E mais, pessoas com dívidas correm o risco de entrarem para a lista do SPC, o que resulta em seu “nome sujo na praça” e, assim, impossibilitando o acesso ao crédito.
Porém, a dica não é pagar todo o valor que o credor está cobrando, mas sim, negociar, ainda mais se existem outras dívidas, o que permitiria pagar todas elas. Já quem não está com as contas em atraso ou mesmo que sobre, pode aproveitar o restante do recurso para fazer uma reserva de emergência.
Esse valor vai servir para situações que não estão previstas e não precisa ser o valor integral, mas é a hora certa de começar a manter um fundo de emergência. Mais uma forma de usar o 13º salário com sabedoria é investindo.
Entre as maneiras mais assertivas de fazer isso está a previdência privada e os títulos públicos indexados ao IPCA. No entanto, há muitas outras aplicações, sendo importante avaliar quais as opções mais vantajosas para o seu perfil.
Quer saber mais sobre temas como esse? Toda semana trazemos assuntos relacionados, nos acompanhe pelo Linkedin e fique por dentro. Para saber sobre a atuação da One7 e como ela pode auxiliar sua empresa, na gestão financeira e no seu fluxo de caixa, acesse o site ou preencha o formulário que um de nossos especialistas entrará em contato.